sexta-feira, 19 de agosto de 2011

MANIFESTO: POLO DE CINEMA EM TORRES




O mundo inteiro acompanha com preocupação o desenrolar da crise econômica mundial que arrisca extravasar para o campo social e político. Grandes e pequenas nações estão em busca de forças motrizes alternativas, capazes de impulsionar um novo ciclo de desenvolvimento compatível com as exigências de uma Nova Era marcada pelo peso dos serviços na economia e com a crescente importância da inteligência neste processo. A cultura já não é um adorno das classes privilegiadas. É um vetor decisivo da economia, especialmente no campo do turismo, quando se converte em empregos e renda. A combinação, então, de belezas naturais com atrativos culturais potencia a vocação turística de muitas cidades adequando-as a esses novos tempo. Parati, no Rio de Janeiro, tornou-se, com o Festival Internacional de Literatura, numa referência mundial. Gramado, aqui no RS, não foge à regra e fez de dois eventos culturais – o Natal Luz e o Festival de Cinema – o esteio de seu sucesso.

Torres é a mais bela praia do Rio Grande do Sul. Mas não pode viver eternamente à espera dos bons verões. Deve transcender sua majestade paisagística com novas atividades que a projetem como um grande pólo do turismo nacional e até internacional. O cinema, junto com outros eventos culturais, ligados à literatura, à gastronomia e à moda, podem lhe dar essa projeção. Trata-se, o cinema, de uma das mais prósperas indústrias do mundo e, em razão da crescente demanda de produtos áudio visuais , tende a se diversificar e ganhar ainda mais relevo. Com a vantagem das novas condições tecnológicas, diversas cidades no Brasil , a exemplo de Goiás Velho em Goiás, Araranguá, em SC, e alguns municípios do interior paulista, estão se transformando em verdadeiros pólos de atração de investimentos, talentos artísticos e de cursos de formação de profissionais do áudio visual – cinegrafistas, editores de vídeo, cenógrafos, figurinistas, atores etc. Torres já tem uma certa tradição em cinema. Três filmes foram rodados aqui, o primeiro deles, ainda nos anos 50 numa provável iniciativa de Alberto Ruschel.

Temos que aproveitar as condições naturais de Torres para dar um salto para o futuro. Vamos montar , aqui, o POLO DE CINEMA DE TORRES. Basta uma iniciativa da Prefeitura Municipal e algumas gestões com a ULBRA e SENAC, no sentido da criação de novos cursos ligados ao treinamento de pessoal para a indústria áudio visual para que isto se converta em realidade num curto espaço de tempo. Dois pontos de partida são fundamentais: (1) uma boa sala de cinema, que já temos, no Dunas Flat e que pode ser adquirida pela Prefeitura para sediar um Festival Anual de Cinema e (2) um galpão para uso das produtoras e diretores de filmes, que bem pode ser o ginásio da Lagoa, hoje abandonado e em vias de demolição. Com estes passos e franco apoio da Sociedade torrense poderemos transformar nossa cidade na referência rio-grandense do áudio-visual.


Pelo POLO DE CINEMA de Torres . Todos à LUTA.

Em Torres, 04 de julho 2011

PAULO CEZAR TIMM – Editor de Torres Revista Digital

Subscrevem:

Edgar Henrique Klever
L.Gonzaga Inácio
Bento Barcelos da Silva
Padre Leonir – Radio Maristela
Juarez Espindola
Nilson Rodrigues da Silva
Edison Estevão

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